terça-feira, 23 de junho de 2009

Dentro de mim.

Faz frio aqui dentro. Sinto-me como num dia de inverno.. Mãos frias e pensamentos e falas mal colocadas por causa do clima. Lá fora faz sol, aqui dentro chove, chove muito. De vez em quando um trovão, as vezes uma trégua. Tem dias que venta demais, e com o vento vem a tranquilidade. Procuro pensar que depois da chuva sempre vem o sol e isso me deixa mais calmo.
Acho que estou vendo uma núvem preta indo embora, junto com os destroços de um dia ruím que passou. Mas o sol aqui dentro ainda não veio. Será que virá? Isso me deixa confuso. Aliás, eu estou muito confuso. O cinza do nublado traz-me lembranças, e a brisa do vento sopra para eu não desistir dos meus sonhos. Mas o sol ainda não veio. E eu o procuro por todo lugar...
Mas ele virá, ele virá sim. Afinal, acho que já estou sentindo o calor se aproximando... E que ele tome conta de mim!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Por que eu escrevo?

Eu escrevo por que os verbos são meu combustível, e a conjugação meu caminho. Eu escrevo por que as letras são minha visão, e as frases meu espelho. Eu escrevo por que a minha vida pede que eu escreva, por que simplesmente a minha alma tem sede de palavras.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ele e ela.


E ele olha para fora da janela. Ele não vê nada.


E ela senta na varanda de sua casa. Ela enxerga apenas um futuro.


E ele resolve sentir a chuva. Ele se tranquiliza.


E ela observa os ventos molhados. Ela pensa nele.


E ele toca uma melodia. Ele pensa nela.


E ela resolve vasculhar umas coisas. Ela encontra uma carta.


E ele resolve arrumar sua mala. Ele pega o telefone.


E ela lê um papel machê com letras de forma. Ela se espanta.


E ele, pensativo, disca um número. Ele desiste.


E ela, agitada, pensa em sair de casa. Ela desiste.


E ele anda pela rua. Ele grita: "Eu te amo"


E ela resolve sentir o sol. Ela abre sua cortina.


E ele vê ela. Ele grita mais alto.


E ela vê ele. Ela não pode descer.


E ele chama por sua amada. Ele nunca a esqueceu.


E ela prepara o café para outro alguém. Ela nunca o esqueceu.


E ele vai embora.


E ela chora.


E eles não dizem adeus.