segunda-feira, 7 de junho de 2010

Então me acorde.

Me acorde quando as folhas estiverem caindo, quando o calor vier se aproximando, quando as janelas das casas forem abertas novamente. Me acorde quando os boêmios sairem dos becos, quando os músicos maquinarem suas novas melodias, quando os poetas voltarem a delirar. Me acorde quando tudo estiver diferente, quando eu me sentir contente, quando o claro, iluminado estiver. Me acorde quando não existir mais "talvez", quando houver explicação pra essa nossa lucidez, quando aquele vinil que a gente gosta estiver no toca-disco e a gente possa ao menos tentar. Me acorde procurando aquela carta de respostas ilegíveis e perfumadas. Sentimento precoce, rápido, uma mistura de pós. Tantas frases clichês que deram em nada, dois jovens ao acaso desatando nós. Me acorde e me lembre de tudo que a gente ria, quando eu então nada sofria, muito menos ao lhe ver passar. Me acorde quando a vida lhe der asas, quando a madrugada for sua amiga, quando suas lembranças puderem nos levar de volta pras nossas canções, pros nossos desvaneios e escuridões. Me acorde quando os nossos planos não forem mais secretos, a nossa casa já com concreto, o nosso amor não mais discreto. Me acorde me lembrando do que eu fui, me ensinando o que vou ser, me mostrando a lhe querer, cada dia mais. Me acorde com a leveza do seu "eu", com o mistério do seu olhar, com seu andar flutuante. Me acorde com sua cara de princesa, pra eu lhe chamar de vossa alteza e pra brindar pelo menos nesse instante. Me acorde e me mostre como a história se transforma, ficando sempre na memória, o piscar de olhos de cada abraço seu. Me acorde com um sorriso no rosto, partindo do nosso pressuposto, levando em conta o desgosto, de nada o que eu sonhei, ver realizar.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mais de mim.

Gosto de ser chamado de Lipe. Excluo o Luís e divido o Felipe, mas não em partes iguais. Talvez eu saiba mais das músicas do Chico Buarque do que tudo o que passa na televisão. Não assisto novela, não gosto de música pop, sertanejo universitário não está no meu Ipod, e sim, eu sou normal. Eu gosto de dias chuvosos e de tempestades, embora atrapalhe a linda vista da Hercílio Luz. Gosto de cheiro de mato, de Beatles e trocaria uma ida a uma festa por uma sessão de cinema à meia noite de sexta feira. Tenho uma cabeça superlotada, e gravo mais fácil 10 textos de peças diferentes a uma página de física teórica. Curto fotografia, história, português e contra tudo e todos, quero ser jornalista. Mudo, sofro, me adapto, sinto. As vezes, me vejo como uma coletânea de emoções. Tento, jogo, perco, me escondo. Faço das palavras meu fiel refúgio. E quando cansar, talvez volte para o início. Apagar as frases mal interpretadas, e como com uma borracha, excluir os pensamentos ruíns e as lembranças que não servem mais. Incrível capacidade de recomeçar. Do zero. Até o infinito. Minto, até onde o meu vocabulário me deixar chegar. E partir. Sorrindo. Como uma mente férvida, sofrida, sublime, vagando como uma melodia no ar.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Tempo.

vai passar, vai passar, vai passar...





(...)





tic tac, tic tac, tic tac...

sábado, 10 de abril de 2010

A minha escolha.


"Contra os desastres do mundo, as pressões psicológicas, os bandidos de terno e gravata, a alienação das classes e a reviravolta do planeta... Eu quero ser jornalista."

Falar em jornalismo numa época como essa, pode causar até certo espanto. Normal é ver jovens embaralhados com seus pensamentos, seguindo cursos pela escolha de seus pais e até mesmo pensando em o que fazer pro resto da vida "por que dá dinheiro". Pobres profissionais frustrados!

Foi a época em que o curso de comunicação social era para os indecisos, para aqueles que não sabiam direito o que cursar... Hoje ele é explendidamente composto de pessoas que pelo contrário, sabem muito bem o que querem. Sabem muito bem que os salários estão em baixa, que a profissão está desvalorizada, que pseudo-jornalistas comandam a mídia nesse país. Sabem também que a questão de um diploma ser necessário ou não, será discutido por pelo menos o tempo da graduação inteira. Têm noção disso tudo, mas continuam por amor e paixão pela profissão, pela informação... Paixão por encontrar furos e levar uma notícia saudável para milhões de leitores e ou expectadores, que tendo 5 minutos de sua manhã, precisam estar bem informados para começarem uma jornada de trabalho nas mais variáveis profissões.
Sabemos também que tomaremos café mais do tomamos na nossa vida inteira, que um computador nos acompanhará nos finais de semana, que acordaremos de madrugada para fazer certa reportagem... Nos tornaremos escravos dos acontecimentos... E com altos salários ou não, seremos apaixonados por isso.

terça-feira, 6 de abril de 2010

(...)

"Não, eu não estou falando de um cartão dentro de uma flor. Eu estou falando de dois corações que batem em um mesmo peito..."

sábado, 20 de fevereiro de 2010

I-m-p-r-e-v-i-s-í-v-e-l

A despedida mais marcante de todas aconteceu ontem. Como eu queria poder ficar daquele jeito para sempre, como eu esqueci o mundo naquele momento, como tua presença me faz bem, como teu cheiro me persegue, como tua voz fica no meu pensamento, como tua alma busca a minha, como você combina comigo, como o meu mundo melhora contigo... Como eu gosto de querer o que eu não posso... Mas sabe que eu senti uma fé tão grande que até acordei com um sorriso no rosto. Como foi surpreendente e imprevisível... Como eu gosto de lembrar...